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"Tropicália": Baby, você precisa saber de mim

O documentário "Tropicália" de Marcelo Machado explora de forma básica, mas bastante divertida e dinâmica o movimento de mesmo nome que foi a cara - e o som - da resistência artística contra a ditadura de 1964. O filme está disponível completo no Youtube e conta com 1 hora e 25 minutos de duração.

Imagem de Caetano Veloso em "Tropicália"

"Tropicália" junta depoimentos de participantes chave do movimento como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Rita Lee tanto durante a década de 60 quanto em 2012; assim como imagens de arquivo de festivais de música, fotografias e arte pop para trazer à tona a sensação do movimento e suas contribuições e consequências.


E o principal, é claro, "Tropicália" conta com muita música e curiosidades sobre a criação delas e as relações entre as personalidades envolvidas. Refletindo mais de três décadas depois do movimento, seus criadores comentam sobre a política na época, a censura e sobre como sua juventude foi instrumental em empurrar a tropicália para frente.


O documentário faz um trabalho introdutório muito bem feito. Isso significa que embora quem já está a par das informações gerais do movimento do tropicalismo, não deve achar nada muito diferente ou profundo; para quem está começando a se interessar, o filme de Marcelo Machado é um bom ponto de partida.

Gilberto Gil em imagem de "Tropicália"

Uma hora que passa muito rápido, o filme não é só uma reflexão sobre um movimento artístico, mas um movimento instrumental na queda da ditadura militar no país, e mesmo quase depois de uma década desde a estreia do filme, "Tropicália" é um filme que tem muito à oferecer. Principalmente à um público mais jovem.


A montagem dinâmica de Machado realmente cria uma impressão que o filme foi feito de jovens para jovens, ao apresentar momentos bastante caóticos, e um um chamado à ação que parece tão natural de se rebelar, fazendo o esforço de direcionar esse sentimento para algo real, e que ainda é necessário nos dias e hoje: pensamento crítico.

Mais interessante ainda, de um ponto de vista pessoal, foi descobrir que grande parte do movimento foi criado por dois jovens baianos (Caetano e Gil), e que a tropicália foi em parte inspirada por "Terra em Transe", filme de Glauber Rocha, também baiano, lançado em 1967.


Concluindo, "Tropicália" é um filme forte, necessário, animado, informativo e bem ritmado - tanto na escrita quanto referindo à música -, que é pesado somente nas implicações subentendidas, sendo um ótimo exemplo de mídia introdutória para jovens.


 
 
 

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Matinê Baiana

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