Invencível: O Que Uma História de Super Herói Deveria Ser
- Helena Vilaboim
- May 31, 2021
- 2 min read

Original da Amazon Prime e baseada em quadrinhos do mesmo nome, Invencível (Invincible) é mais uma série focada na mitologia de super-heróis. Ela se baseia em ideias originárias pela icônica Liga da Justiça, e personalidades mais recentes traçadas pela série também da Amazon “The Boys”, mas traça uma linha diferente e única.
Fui incentivada a assistir essa série bem recentemente por um amigo, e tenho que ser honesta: se não tivesse sido isso, eu teria colocado Invencível junto com The Boys e provavelmente nunca assistiria. E por isso acho que perdi um pouco do momento de falar sobre essa série, mas vamos lá, porque meus dedos estão coçando.

Com apenas 8 episódios de mais ou menos 40- 50 minutos, a série conta a história de Markus (Mark) Grayson, um garoto de 17 anos que ganha seus poderes por herança de seu pai, o Omni-Man, que é o super herói mais poderoso do planeta, e também um alienígena.
Essencialmente, Invencível segue por duas tramas, muito bem construídas: a do Mark descobrindo seus poderes e como ele se encaixa no mundo, junto com suas funções como super herói e Viltrumite (A raça de aliens da qual ele faz parte); e a da descoberta e as ramificações do assassinato que acontece logo no início da série.
A série constrói muito bem essas duas tramas, frequentemente trazendo elas pra um ponto só, em que uma influencia na outra até seu desfecho, que é de cair o queixo. Com o Mark e seu grupo de amigos, experienciamos a alegria, o otimismo (que talvez beire a ingenuidade) e as tensões de ser um super herói adolescente de uma forma cativante e muito bem entregue por seu dublador, Steven Yeun.
Tocando já nesse assunto, o elenco de dubladores está impecável, com J.K. Simmons como Omni-Man, Sandra Oh, Zazie Beets, Mark Hamill, Zachary Quinto e muitos outros. Nenhum deixa a desejar, eu te garanto!

Já com a investigação do assassinato, temos um mundo mais sombrio, que não perdoa e extremamente violento, que desde o primeiro episódio te deixa de boca aberta, sem conseguir desviar os olhos da tela. O design do desenho e o tom mais leve do início do primeiro episódio te deixa com as barreiras baixas para a destruição explícita que vem a seguir, e eu nunca vi uma estratégia mais eficiente do que em Invencível.
Outro ponto em que eles acertaram muito foi na trilha sonora. Sem ser intrometida, e entregar spoiler, ela adiciona uma vibe de adolescência á cenas tendo sempre o Mark como referencial, o que é um traço desse gênero de amadurecimento, geralmente com um protagonista que é inocente, rebelde e que se acha… Invencível.
Em conclusão, Invencível é uma série que vale a pena assistir com certeza, mas fiquem avisados que ela não é pra pessoinhas mais novas que 18 anos, e isso já diz muito sobre o que o que se passa na série.
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