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"Flash": A DC levou o tema da correria a sério demais

O mercado de filmes de super-heróis não está fácil para ninguém. O ambiente é altamente competitivo, e ganha quem entregar os produtos em maior número ao público, e no menor tempo. Isso vêm criando um padrão em que os filmes saem das produtoras com aspectos inacabados, mal detalhados ou simplesmente mal feitos mesmo, com o objetivo de bater a meta. Isso geralmente.


E essa nova onda de tudo ser o multiverso? Já está ficando velha, gente. Antes um conceito interessante e cheio de possibilidades, já virou um recurso batido e usado principalmente na apelação da nostalgia de audiências mais velhas. Uma maneira ainda mais fácil de arrecadar dinheiro dos fãs desde que hajam "cameos" o suficiente.

Ezra Miller e Sasha Calle como "Flash" e "Supergirl"

Isso dá carta branca aos produtores para entregar um produto medíocre, desleixado e sem alma. Infelizmente, "The Flash" não só caiu nessa armadilha, como foi com tudo com a ideia. O longa se baseia na animação "The Flash: Ponto de Ignição", mas em vez de entregar uma narrativa subversiva e chocante como é a animação, o filme live-action é cansativo, absurdo e o pior de tudo: chato.


A narrativa do filme segue Barry Allen (Ezra Miller) que durante uma missão, descobre que consegue voltar no tempo. Perturbado pelo assassinato da mãe na infância e a prisão do pai pelo crime, Barry volta no tempo com o objetivo de consertar tudo. No entanto, ele comete um erro e tudo sai do controle, abrindo a porta do multiverso.


O problema principal do filme está no próprio protagonista. Antes presente apenas no filme "A Liga da Justiça" como um alívio cômico, o Barry do Ezra Miller por vezes passava batido, um elemento necessário para trazer leveza à trama mais sombria. Mas em "Flash", o personagem toma o centro do palco e não dá conta do recado, tendo que equilibrar sozinho a seriedade da trama, mas também a comicidade.

Micheal Keaton como "Batman"

Na tentativa de consertar os erros que a viagem no tempo trás ao mundo, Barry recorre à Liga para deter o General Zod (Michael Shannon), e nisso descobre que a mudança criou um mundo em que vários dos personagens que já vimos introduzidos não existem. E começam os "Cameos".


A re-introdução do Michael Keaton como Batman é facilmente uma das melhores partes do longa. É por ele que a audiência aprende o tamanho da bagunça que o Barry criou, e é pela interação dos dois personagens que eventualmente, Barry aprende sua lição. Aos 71 anos, o ator ainda entrega bastante bem a interpretação do homem-morcego, com ajuda de alguns visuais bem familiares e de uma trilha que nos faz voltar ao passado.


Infelizmente, O Batman de Keaton e a Supergirl de Calle sofrem do mesmo destino: são personagens extremamente unidirecionais cuja única função é morrer até que os dois Barrys compreendam sua lição.


Nos aspectos técnicos, "Flash" deixa muito a desejar. A trama é pesada de efeitos especiais, e quando aparecem de forma massiva, a sensação é de estranheza, de algo inacabado e corrido, tirando o espectador mais detalhista da trama do filme facil e constantemente.


Em conclusão, "Flash" pecou em tentar adaptar a animação muito cedo, e para os fãs que já assistiram o filme, "Flash" é muito decepcionante. Infelizmente os produtores gastaram essa chance com um universo que ainda não foi muito bem explorado e o elemento surpresa foi estragado em um projeto bem abaixo da média, e com um elenco que mais agonia do que empolga.

 
 
 

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Matinê Baiana

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