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Crítica - Nosferatu (2024)

Updated: Jan 7

Lançado mundialmente no dia 25 de Dezembro de 2024, o filme "Nosferatu" é tudo menos natalino. O filme chegou aos cinemas brasileiros no dia 02 de Janeiro de 2025, começando o ano com o pé direito.

Lily-Rose Depp como Ellen Hutter em "Nosferatu"
Lily-Rose Depp como Ellen Hutter em "Nosferatu"

"Nosferatu" (2024) dirigido por Robert Eggers é um remake do clássico de 1922 dirigido por  F. W. Murnau, filme que marca o expressionismo alemão no cinema.


Trazendo sua própria e original versão da figura monstruosa do Conde Orlok (Bill Skarsgård), Eggers reforça mais uma vez seu universo cinematográfico de horror com maestria e originalidade. 


Sendo uma adaptação não autorizada da obra Drácula (1897), escrita por Bram Stoker, nosso querido Nosferatu, conhecido por muitos jovens adultos por aparição na série animada "Bob Esponja" (2x16 - Turno Macabro), é repaginado nessa nova adaptação. Ao invés de se inspirar na origem do personagem, Eggers decide adaptar não só características físicas do personagem, como também sua ascendência, trazendo uma versão de sotaque russo do Conde Orlok. 


A direção e fotografia responsável por Nosferatu se mantém nos parâmetros das obras de Eggers, desde cenas noturnas onde claramente podemos ver, e reagir, á cenas explícitas e macabras, marca que o diretor já domina. 


A narrativa é o espelhamento do original, clássico que já está marcado no popular por um século. Mas nessa nova releitura, o protagonismo é dividido entre os personagens   Thomas Hutter (Nicholas Hoult) e Ellen Hutter (Lily-Rose Depp).


Lily-Rose Deep e Nocholas Hoult em "Nosferatu" / Foto: TheMovieDatabase
Lily-Rose Deep e Nicholas Hoult em "Nosferatu" / Foto: The Movie Database

Ambos estão empenhados a entregar uma sublime atuação digna os melhores filmes de terror gótico, com destaque mais que especial á atriz, que realiza cenas de possessões sem necessidade de efeitos especiais, tornando as essas mais potentes e aterrorizantes.


O restante do elenco não fica para trás: Os personagens Friedrich Harding (Aaron Taylor-Johnson), Anna Harding (Emma Corrin) e Albin Von Franz (Willem Dafoe) complementam a trama e trazem novas camadas para o filme. 


Para a personificação do famoso vampiro, Bill Skarsgård está irreconhecível. É com muita dificuldade reconhecê-lo, se não perceber os maneirismos e pistas vocais do ator enquanto dá vida ao Conde Orlok.


A fotografia também utiliza da iluminação para auxiliar no aspecto misterioso e monstruoso desse ser, construindo uma atmosfera clássica e atemporal ao projeto. 

Bill Skarsgård como Conde Orlok em "Nosferatu"
Bill Skarsgård como Conde Orlok em "Nosferatu"

E sendo um projeto de Robert Eggers e sobre um dos grandes ícones do folclore vampiresco, não poderia faltar a violência explícita e beirando o gore.


Assim como em trabalhos anteriores, não existe frequência em aterrorizar ou amedrontar o público. Logo, quando isso ocorre, a construção é muito bem produzida, sendo capaz de conduzir o telespectador para onde o cineasta deseja. É um filme de terror gótico, do começo ao fim.

 
 
 

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Matinê Baiana

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