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Crítica - "Mickey 17"

Após anos de espera, o diretor premiado de "Parasita” retorna às telas de cinema com uma mais nova produção estadunidense de ficção científica. "Mickey 17” estreia em todos os cinemas brasileiros no dia 06 de março. 

Imagem promocional do filme
Imagem promocional do filme

Baseado no livro “Mickey 7” de  Edward Ashton, publicado em 2022, o filme ambientado no ano de 2054, acompanha a jornada de Mickey Barnes, que após se envolver com mafiosos após um empréstimo para construir o seu próprio negócio ao lado de seu amigo, Mikey (Robert Pattinson) com o intuito de sair do planeta terra, acaba se inscrevendo para participar de umas das concorridas expedições espaciais. para conseguir uma vaga, ele se inscreve para ser um dispensável, sem ler o contrato. 


O resultado? Mickey é sempre colocado em perigo, e sua morte se torna uma rotina, afinal seu corpo pode ser clonado diversas vezes, sempre com as memórias de seus eu’s passados. A cada morte, um novo Mickey surge, e a vida desse descartável segue a bordo da gigante colônia comandada por um político egocêntrico, interpretado por Mark Ruffalo, acompanhado por sua esposa manipuladora, interpretada por Toni Collete. Ao acidentalmente escapar de sua décima sétima morte, Mickey retorna a seu local de trabalho, mas é surpreendido por seu novo eu, o Mickey 18. 

Mickey 18 (Robert Pattinson) e Mickey 17 (Robert Pattinson)
Mickey 18 (Robert Pattinson) e Mickey 17 (Robert Pattinson)

Nessa divertida, cativante e extravagante jornada, o diretor premiado Bong Joon-ho utiliza de personagens caricatos para debater pautas sociais como globalização e desmatamento. Assimilando seus personagens a líderes e pessoas de grande poder que colonizam por ganância, o diretor traz essa pauta social em uma mistura cômica de ficção científica. Apesar de não ser um dos seus melhores trabalhos, fica claro o objetivo da direção de sempre se revolucionar, evitando seguir os mesmo parâmetros de sucesso. Deixar de seguir o que a receita manda e desbravar novos caminhos é um risco, mas muito bem vindo.


Existe seriedade em tratar de temas pertinentes, como a relação humano X natureza, colonização e a busca incessante pelo poder. Com subtemas pertinentes, às vezes o teor cômico ao escrever e dirigir em uma língua não materna, passam do ponto que beiram a bizarrice, que, apesar de ser muito bem construída, não deve abraçar um público geral. 


O elenco ao todo está alinhado e consegue com proeza canalizar das mais diversas personalidades que lhe são exigidas para o papel, destacando o brilhantismo de Robert Pattinson ao diferenciar a adicionar distintas personalidades e se comunicar com facilidade consigo mesmo em cena, e a também divertida e sem noção atuação de Mark Ruffalo ao interpretar a cópia barata de diversos bilionários que assumem lideranças puramente pelo poder aquisitivo.


“Mickey 17” é uma obra cinematográfica carregada de nuances, divertida nos momentos certos e carregada de visão criativa e original da direção. Um filme que se constroi e se carrega por temáticas já vistas, mas de maneira inovadora e criativa.



 
 
 

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Matinê Baiana

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