Crítica: "Rick and Morty" - 5 temporada
- Clara Ballena
- Sep 10, 2021
- 2 min read
Com um começo morno, com episódios clássicos nonsense que fazem o telespectador se questionar o porquê de continuar acompanhando uma série tão maluca como essa (mas continua vendo, porque sabe que é boa) A 5 temporada da série de animação sci-fi “Rick and Morty”, consegue ser boa em alguns momentos, mas garante seu auge e leva os fãs à loucura com um final de temporada eletrizante e impactante.

Tendo 10 episódios de aproximadamente 20 minutos, a 5 temporada foi lançada separadamente, iniciando a sua estreia no dia 20 de junho e finalizando no dia 5 de setembro. Enquanto outras séries teriam sérios problemas nesse distanciamento entre um lançamento e outro, a série segue a clássica narrativa habitual de suas temporadas anteriores, com a possibilidade de assistir aos episódios sem a necessidade prévia de acompanhar os seus anteriores, com exceção dos episódios finais, que trazem clássicos personagens e grandes revelações do passado de Rick.
Os personagens Rick e Morty são os mais bem desenvolvidos. Outros personagens da família Smith que, em outras temporadas tiveram mais narrativas pré definidas e problemáticas a serem enfrentadas, aparecem mais mornos nessa temporada, tendo um episódio ou outro focado neles, mas nada como o mesmo desenvolvimento do relacionamento entre Rick e Morty.
Os episódios são divertidos para os habituados fãs da série, e essa sólida fanbase permite aos criadores Justin Roiland e Dan Harmon, a viajarem e criarem as mais mirabolantes e doentias narrativas, permitindo aos criadores infinitas possibilidades de boas loucuras.

O interessante dessa nova temporada é a realização do relacionamento de avô e neto entre os protagonistas, e o reconhecimento dos mesmo de que, o que viviam era tóxico. Enquanto o Morty amadurece sua visão, e começa a perceber que não necessita do seu avô para realizar proezas, Rick percebe o quanto não estava sendo saudável a forma de convivência com o seu neto, criando cenas até mesmo emocionantes para a trama dos dois, em que tanto os personagens, quanto o público, se apegaram a sempre ver os dois juntos ao longo dos anos.
Os dois últimos episódios são de tirar o fôlego. A descoberta da real história de Rick e abertura de outros universos que a série propõe, demonstram que os criadores querem dar novos passos para a narrativa, a deixando crescer e desenvolver, e não ficar apenas na mesmice de jornadas pelo espaço. Não que essas jornadas deixem de acontecer, mas após a finalização desta temporada, fica claro a proposta dos criadores de expandir seu próprio universo e de trazer aos fãs um engrandecimento que a série precisa, e é capaz de ter.
“Rick and Morty” é uma loucura nonsense sci-fi que consegue aprofundar seus personagens e sentimentos sem perder seu humor ácido e piadas muitas vezes inapropriadas. Apesar de alguns episódios esquecíveis, a série consegue finalizar em grande estilo, gerando curiosidade para o que virá.
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